Dono de três contas Challengers na Coreia do Sul, o novo Support do paiN Gaming, Kim “Sharkbari” Joo-sung, promete brigar pelo topo das filas ranqueadas no Brasil, hoje ocupado pelo também sul-coreano Park “Winged” Tae Jin, do Keyd Stars.
“Nós conseguiremos ser os primeiros do Challenger no Brasil”, disse o cyber-atleta, com exclusividade ao myCNB, ainda no Aeroporto de Guarulhos, onde desembarcou na manhã deste sábado, ao lado do conterrâneo Han “Lactea” Gi-hyeon. Foi a primeira entrevista do coreano em solo brasileiro.
Sharkbari planeja ultrapassar os brasileiros e Winged para alcançar o top 1 do Solo Queue brasileiro
Eles foram contratados pelo paiN para substituir Gustavo “Minerva” Queiroz e Fabio “Venon” Guimarães, dispensados esta semana por conta dos resultados ruins da equipe em 2014.
Sharkbari, também conhecido como Olleh, conta que ficou muito surpreso quando foi procurado pelo paiN. Depois do convite da organização, usou a internet para conhecer melhor o time. “Pesquisei sobre o paiN no Facebook, Twitter, Google e Youtube. Descobri muitas coisas”.
O Support disse estar animado em vir jogar no Brasil e não ter medo das dificuldades de adaptação, pois tem estudado a cultura local. “Eu li muitos livros sobre o Brasil. Eu acho um país impressionante, ainda mais perto da Copa do Mundo”, exalta o coreano, salientando que ama futebol, samba e Carnaval. “Eu vou estudar muito a cultura e a língua brasileira”.
Os dois reforços do paiN jogaram juntos pelo Midas Fio na OGN Champions Spring 2014 – Lactea como AD Carry. O time terminou a competição em último lugar do Grupo B, que tinha Samsung Galaxy Ozone, CJ Entus Frost e Incredible Miracle.
Negociação
Segundo o dono do paiN Gaming, Arthur “paada” Zarzur, a ideia de trazer os sul-coreanos partiu da direção da organização e teve o aval da equipe. “Eles sabem que os resultados não estavam satisfatórios. A gente nunca põe pressão neles, mas, infelizmente, tínhamos que mudar para representar a paiN que nem no ano passado”, explicou, em entrevista ao myCNB.
Sem opções com potencial no Brasil, paada precisou recorrer ao cenário internacional. Ele revela que a equipe chegou a conversar com o Jungler Alvar “Araneae” Martin, que está sem time desde que saiu do Millenium, em março. “Estudamos e achamos os coreanos as melhores opções”. O paiN ainda contará com Yoon “MakNooN” Ha-woon como coach. Ele ajudará a equipe da Coreia.
Lactea não fala inglês, tanto que não concedeu entrevista ao myCNB. O time não terá um intérprete, como tem o Keyd Stars. Mesmo assim, para o dono da organização, a comunicação não será um problema. “O Lactea joga no top, então a comunicação não é fundamental. É importante, mas acho que, com o tempo, eles se entrosam. E entrosamento é mais importante do que comunicação”.
‘Movimento arriscado’
O Mid Laner do paiN Gaming, Gabriel “Kami” Santos, está ciente das dificuldades que o time terá com os novos coreanos, principalmente por conta da diferença de idioma. “Foi um movimento muito arriscado, porque eles chegaram em um dia e vão jogar no outro [pela Liga Brasileira], mas a gente vai dar nosso melhor, porque precisamos ganhar. Confiamos neles e espero que confiem na gente”.
Ele mostra-se bastante animado com as novidades da line-up. “Uma mudança muito drástica sempre traz motivação para o time, especialmente porque são dois coreanos. Eles têm muita experiência lá fora, jogaram a OGN e tem muito conhecimento para trazer para nós”.
Por Rafael Costa e Gabriel “SUPREMO” Oliveira
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